quinta-feira, 22 de abril de 2010

Foto cursista no momento da socialização dos Avançando na Prática - Tp 1 - XV Encontro


Foto cursista atenta às discussões no XV Encontro


Imagem do slide sobre norma culta - TP 1 -

Unidade 2 - Variantes Linguísticas:
desfazendo equívocos.

Estudando a norma culta -

FOTOS DO XV ENCONTRO - TP1 - Unidades 1 e 2 - LINGUAGEM E CULTURA


Slide do Texto RETRATO DE VELHO de Carlos Drummond de Andrade - Abertura do estudo da Unidade 1 - Variantes Linguísticas: dialetos e registros

Figura do Matuto do Texto ORAÇÂO DO MATUTO - XV Encontro - TP1 - 20.04.2010


Texto e figura - ORAÇÃO DO MATUTO - Fechamento do XV Encontro - TP 1 - Unidades 1 e 2 - Rosalina

Oi Deus,
nóis ta pedindo as coisas pro Sinhô.
Nóis pede dinhero, nóis pede trabaio,
Nóis pede pra chove
E se chove demais
Nóis pede pra pará
Mode a coiêita num afetá.
Relatório XV Encontro
TP 1 - Unidades 1 e 2
GESTAR II
(Língua Portuguesa)
Formadora: Rosalina Maria Rocha Mont´Alverne

Realizamos o XV Encontro do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II, no dia 20 de abril de 2010, no horário de 18h às 22h, na Escola Municipal Filgueiras Lima .
Trabalhamos as Unidades 01 e 02 da TP 1 - LINGUAGEM E CULTURA. Nestas unidades objetivamos distinguir normas e usos da língua, buscando compreender como essas variantes se efetivam em nossa interação cotidiana.
O ramo da lingüística que se tem ocupado da caracterização e do uso das variações
lingüísticas é a sociolinguística. Este ramo não é novo. Há muito tempo esses
estudos teóricos vêm sendo realizados, tanto na Europa como nas Américas (inclusive
no Brasil), mas é bem mais recente sua aplicação ao ensino/aprendizagem de línguas.
Entendemos agora a linguagem não como uma simples forma de comunicação (em que se valorizava sobretudo o locutor/emissor), mas como interação, na qual os sujeitos envolvidos realizam uma ação de mão dupla, um influindo sobre o outro, em função do lugar que ocupam nessa interação.
A partir do momento que nascemos, a nossa linguagem e a cultura já fazem parte do nosso viver. Elas se transformam de acordo com o crescimento e os conhecimentos que são adquiridos durante esse percurso. .
Agenda:
 18h00-Acolhida com músicas de diferentes registros.
 18h30-Retomada do estudo das unidades 1 e 2 – TP1.
 20h- Realização de atividades das unidades estudadas para aplicação em sala de
aula.
 20h40- Socialização dos Avançando na Prática.
 21h10-Avaliação da oficina.
 21h30- Fechamento com o texto “Oração do Matuto”.
 21h50-Motivação e encaminhamentos para o próximo encontro TP1 (unidades 3 e 4) em 04/05/10.
Esta oficina foi bem movimentada e enriquecida pela apresentação de diferentes músicas que são importantes instrumentos de leitura, análise e interação, bem como pela apresentação de slides dos conteúdos relacionados às variantes lingüísticas: dialetos e registros/desfazendo equívocos.
Iniciamos nosso estudo lendo uma crônica de Carlos Drummond de Andrade, “RETRATO DE
VELHO”, que mostra um conflito cultural entre gerações: o avô com 85 anos e os netos e bisnetos.
Mostramos como a cultura e a linguagem já existem desde a idade da pedra e como evoluíram bastante
e assim não podemos deixar que elas se desfaleçam mas sim que continuem se transformando cada vez
mais para o nosso bem e que existe uma semelhança muito grande entre a lingüística e a cultura,
isso porque o homem pensa, raciocina, transforma, produz histórias através de sinais, escrita, símbolos;
apenas o que muda é a forma da linguagem (fala) devido aos fatores geográficos e regionais.
Cultura e lingüística são raízes que devem ser respeitadas e trabalhadas no meio social, nas
escolas principalmente. Não existe linguagem errada, mas sim diferente.
Continuando, apresentamos as variações da língua que são de duas ordens: as variantes
comuns a um grupo, chamadas dialetos e as variantes do uso de cada sujeito, na situação concreta de
interação, chamadas registros. A cada apresentação, exemplificávamos com charges, vídeos, piadas, todos
em slides. Foram momentos de discussões e reflexões importantíssimas.
Explorando a segunda unidade, apresentamos também em slides, reflexões sobre o uso da
norma culta, modalidades da língua e o texto literário. Discutimos sobre a sua importância, por que há
tanta discussão em torno dela e como resultado, as cursistas enumeraram razões pelas quais acham
importante trabalhar a norma culta na escola. Foi relatado que a norma culta é um dos dialetos definido
por critérios socioculturais, é usada em documentos, literatura, escritos e falas de imprensa e que deve
ser trabalhado na escola como o dialeto que o aluno deve ir aos poucos dominando, por ser o mais
adequado a certas situações de comunicação. Foram momentos riquíssimos de reflexões e discussões.
A socialização dos Avançando na Prática aconteceu de forma lenta e resumida devido
ao recente início das aulas. Poucos apresentaram seus relatos reflexivos mas o que foi apresentado
foi de excelente aprendizado para os demais.
Prosseguimos a oficina com a realização de atividades das unidades estudadas para
aplicação em sala de aula.
Para ilustrar ainda mais o assunto, encerramos o encontro, com a apresentação em slides,
do texto “ORAÇÂO DO MATUTO”. Este texto mostrou que o jeito de falar das pessoas mais antigas e
sofridas no sertão nordestino, rico de significado e de história, pertence a um tempo diferente do nosso,
significando, assim, que cada tempo, cada grupo, cada pessoa, de acordo com a idade, sexo, religião,
profissão, época, possui uma experiência comunicativa que se expressa de modos diferentes da norma
culta. Vejamos uma parte da oração apresentada:
ORAÇÃO DO MATUTO de Fátima Irene Pinto